Calendário Pagão: 24 de Agosto - Mundo Cereris
Deméter ou Demetra (em grego: Δημήτηρ, "deusa mãe" ou talvez "mãe da distribuição") é uma deusa grega, filha de Cronos e Reia, deusa da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano. É propiciadora do trigo, planta símbolo da civilização. Na qualidade de deusa da agricultura, fez várias e longas viagens com Dionísio ensinando os homens a cuidarem da terra e das plantações. Em Roma, onde se chamava Ceres, seu festival era chamado Cereália, sendo celebrado na primavera. Com Zeus, seu irmão, ela teve uma filha, Perséfone ("a de braços brancos"). Teve um casal de gêmeos chamado Despina ("a deusa das sombras invernais") e Árion, com seu irmão Posidão. Abandonou a menina sem nome ao nascimento para procurar Perséfone quando raptada. Despina, que representa o inverno, é o oposto de sua irmã, Perséfone, que representa a primavera, e de sua mãe, Deméter, deusa da agricultura. O filho chamado Árion era um cavalo de crinas azuis, que tinha o poder da fala e de ver o futuro. Foi o cavalo mais rápido de todos os tempos e ajudou bravamente muitos heróis em suas conquistas. Deméter também é uma das deusas que tiveram filhos com mortais. Com o herói cretense Iasião, teve dois filhos gêmeos, Pluto e Filomelo, e um terceiro filho, Korybas. Um fragmento do Catálogo de Mulheres, de Hesíodo, sugere que Deméter teve um outro amante mortal, Eetion, que foi fulminado por um raio de Zeus. Alguns estudiosos inferem que Iásio e Eetion são a mesma pessoa Quando Hades raptou Perséfone e a levou para seu reino subterrâneo, Deméter ficou desesperada, saiu como louca pelo mundo afora sem comer e nem descansar. Decidiu não voltar para o Olimpo enquanto sua filha não lhe fosse devolvida, e culpando a terra por ter aberto a passagem para Hades levar sua amada filha, ela disse: – Ingrato solo, que tornei fértil e cobri de ervas e grãos nutritivos, não mais gozará de meus favores! Durante o tempo em que Deméter ficou fora do Olimpo a terra tornou-se estéril, o gado morreu, o arado quebrou, os grãos não germinaram. Sem comida a população sofria de fome e doenças. A fonte Aretusa (em outras versões, a ninfa Ciana, metarmofoseada em um rio) então contou que a terra abriu-se de má vontade, obedecendo às ordens de Hades e que Perséfone estava no Érebo, triste mas com pose de rainha, como esposa do monarca do mundo dos mortos. Com a situação caótica em que estava a terra estéril, Zeus pediu a Hades que devolvesse Perséfone. Ele concordou, porém antes, fê-la comer um bago de romã e assim a prendeu para sempre aos infernos, pois quem comesse qualquer alimento nessa região ficava obrigado a retornar. Com isso, ficou estabelecido que Perséfone passaria um período do ano com a mãe, e outro com Hades, quando é chamada Proserpina. O primeiro período corresponde à primavera, em que os grãos brotam, saindo da terra assim como Proserpina. Neste período Perséfone é chamada Core, a moça. O segundo é o da semeadura de outono, quando os grãos são enterrados, da mesma forma que Perséfone volta a ser Proserpina no reino do seu marido. Durante o inverno, Despina mostra sua ira contra seus pais e sua irmã, congelando lagos e destruindo plantações e flores. Os Mistérios de Elêusis, celebrados no culto à deusa, na Grécia, interpretam essa lenda como um símbolo contínuo de morte e ressurreição. Deméter pode ser representada: sentada, com tochas ou uma serpente. Seus atributos são a espiga e o narciso, seu pássaro é a grou, tendo em uma das mãos uma foice e na outra um punhado de espigas e papoulas, trazendo na cabeça, uma coroa com esses mesmos elementos.
Fontes: https://www.flickr.com/photos/andreabreu/2031791627